segunda-feira, 16 de maio de 2011

As folhas do poeta

À medida que as folhas caem das árvores, algumas, imediatamente viram alimento para vermes, lagartos, insetos, pássaros. Outras viram adubo com o tempo. Outras folhas caem diretamente no rio ou na lagoa. Essas navegam por mundos umidos a procura de um novo lugar para depurar sua seiva. Renovam seus capilares. De fato, tentam não morrer por afogamento, pois, tentam sugar toda água. Não há mais galhos e nem troncos que dêem vazão ao fenômeno da capilaridade. Mas, algo surpreendente acontece, elas geram 12 eV de energia. Enquanto folha, sinto um abismo profundo, enquanto água, altitudes imensas, véu da noiva.

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